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Cirurgias Plásticas
Cirurgias Plásticas: qualificação profissional e ambientes adequados garante a segurança do paciente
Casos recentes mostram que procedimentos não devem ser feitos em ambientes inadequados e por pessoas não capacitadas
A morte de uma bancária, e a série de denúncias de problemas e aplicações irregulares que se alastrou pelo país nas últimas duas semanas, comprovam que procedimentos estéticos devem ser realizados com muito cuidado.
Em geral, a principal cirurgia procurada para melhorar contorno e o volume dos glúteos é a lipoescultura, com o uso da própria gordura da paciente. Também há como opção a cirurgia de prótese glútea de silicone.
A bioplastia, o procedimento que tem movimentado os noticiários, não é um procedimento legal e eticamente indicado para aumento de glúteos. É uma técnica invasiva onde o aplicador coloca determinada quantidade de um composto químico nos glúteos do paciente utilizando-se de uma seringa. O Conselho Federal de Medicina só autoriza a bioplastia para casos específicos de preenchimento facial em pacientes imunodeprimidos. Nestes casos, a quantidade não pode ser superior a três mililitros.
O código que rege a conduta do cirurgião plástico é de 1954, defasado, o que abre margem para que outros profissionais se aventurem pela área. E o temor de problemas durante as operações, e pós-operatórios, por conta da falta de capacitação técnica, é que faz com que o Hospital Bruno Born, de Lajeado, seja tão diligente neste sentido.
“No HBB as cirurgias são realizadas por especialistas devidamente credenciados e capacitados”, explica o cirurgião plástico Felipe Ruschel. “Todo procedimento envolve algum risco, e deve ser realizado com toda seriedade e segurança, preferencialmente em hospital com CTI e banco de sangue”, previne Ruschel.
Cuidado e segurança
Para ser cirurgião plástico, o médico faz residência de dois anos em cirurgia geral e outros três em cirurgia plástica. “Não é um curso de final de semana que vai deixá-lo apto”, observa o doutor Sandro de Macedo Marques, que atua há 18 anos na área e é colega de Ruschel na atuação dentro do HBB.
Segundo ele, não há procedimento cirúrgico sem risco; entretanto, o bom profissional trabalha para minimizar qualquer possível chance de ocorrência. “Nos cercamos de cuidados, cumprimos um protocolo de segurança. O Bruno Born conta com um bloco cirúrgico ambulatorial novo, específico para esses procedimentos.”
Nele só são realizadas cirurgias eletivas em pacientes hígidos, ou seja, não relacionadas a doenças. O novo ambiente é ocupado por equipamentos de ponta, segue todos os protocolos de segurança e conta com equipes extremamente qualificadas.
“Como na maioria dos casos o paciente passa pela cirurgia e vai para casa, os riscos são muito menores do que quando se realiza uma cirurgia em um ambiente inadequado”, observa Marques, que acrescenta que outro diferencial está no uso de cânulas de lipoaspiração e frascos coletores de gordura descartáveis – em muitos hospitais ou clínicas estes materiais são lavados e reutilizados. “Ou seja, o risco de qualquer complicação infecciosa é praticamente inexistente.”
Os números do HBB
Em 2017 foram realizados 760 procedimentos estéticos como dermolipectomia abdominal, lipoaspiração e lipoescultura, reconstrução mamária, abdominoplastia, plástica mamária feminina, rinoplastia reparadora, correção cirúrgica de ptose palpebral, reconstrução mamária com emprego de expansores, dermatocalaze ou blefarocalaze, ginecomastia, reconstrução total de orelha e prótese de glúteo.
Como se prevenir contra maus profissionais?
– Acesse o site do Cremers (www.cremers.org.br) e pesquise, no link “Médicos Ativos”, a especialidade do profissional
– Acesse o site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (http://www2.cirurgiaplastica.org.br/) e procure os cirurgiões plásticos por Estado. Esta é a única entidade reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Médica Brasileira (AMB).
– A presença de médicos anestesistas é fundamental em cirurgias. E é altamente recomendável que haja médicos de outras especialidades no mesmo hospital/clínica.
– Desconfie de valores muito abaixo de outros profissionais. Todo o procedimento cirúrgico seguro tem custo elevado devido à utilização da mais alta tecnologia em equipamentos e qualidade dos produtos.
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